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Vale a pena conferir: “Lúcio Cardoso em corpo e escrita”, de Beatriz Damasceno

Polêmico, sem papas na língua e alguém que transitou do romance à poesia, passando pelo jornalismo, teatro e artes plásticas. Esse é Lúcio Cardoso, autor de obras como Crônica da casa assassinada, lançada em 1959 e considerada um marco da literatura brasileira, e de tantas outras que inspiraram filmes e peças. Recentemente o autor mineiro voltou a ser destaque pela publicação de “Todos os diários” material organizado por Ésio Macedo Ribeiro. Para os estudiosos do perfil psicológico do autor, também vale a pena ler “Lúcio Cardoso em corpo e escrita”, de Beatriz Damasceno, publicação da EdUERJ que muito revela sobre o talentoso criador.

Uma das características mais marcantes do escritor foi a perseverança que denotou em querer se expressar,  pois, mesmo impossibilitado de escrever devido a um acidente vascular cerebral, ele passa a direcionar sua verve a pinturas. Essas mesclavam imagens e versos, em arroubos literários em forma de artes plásticas. Essa fase personalíssima de sua vida é objeto de estudo de “Lúcio Cardoso em corpo e escrita”, de Beatriz Damasceno, lançado originalmente em 2012, mas que permanece pungentemente atual.

Em entrevista – em 2014 –  ao antigo Blog da EdUERJ, a professora Damasceno conta que seu livro procurou iluminar os anos em que o Cardoso “conviveu com o AVC, pois todas as referências biográficas devam um salto nesse tempo; em 1962 o escritor teve um acidente vascular cerebral que o impossibilitou de falar e escrever e morreu em 1968. Quis conhecer como Lúcio viveu esse tempo, já que era extremamente ligado à escrita, e encontrei uma série de pastas, blocos, cadernos, cadernetas que traziam todo um processo de busca pela reabilitação”.

A publicação da EdUERJ, ainda em catálogo, traz diversas imagens que reproduzem as manifestações artísticas que marcaram a fase final de vida do autor.

“As reproduções desse material servem também para que o leitor observe o quanto o escritor mantém a cumplicidade com a escrita, no período da doença”, conta Damasceno.

Confira esse título:

Entrevista com a autora Beatriz Damasceno:

https://eduerj.blogspot.com/search?q=beatriz