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Diálogo entre a formação de professores e a inclusão

Qual seria a formação de professores necessária para atuar com a diversidade escolar e as especificidades humanas na educação inclusiva? A obra “Professores formados na FFP/UERJ e inclusão”, lançamento da Eduerj, trata dos caminhos e das práticas que são geradas no cotidiano a partir da inserção dos alunos com deficiência no ensino regular.

Organizado por Anelice Ribetto, os capítulos baseiam-se nas experiências vivenciadas pelos alunos da Faculdade de Formação de Professores de São Gonçalo durante a formação inicial do curso de Pedagogia.

A obra é fruto de diferentes intervenções de pesquisa, ensino e extensão realizadas pela professora e seu grupo de pesquisa “Tensões entre políticas e experiências inclusivas na formação dos professores em São Gonçalo”, no período compreendido entre 2014 e 2017.

Os relatos trazem não só as experiências dos alunos e professores referentes ao tema, mas sugerem também uma resistência às políticas que desintegram a educação pública. A educação inclusiva e diversificada é defendida sob a ótica dos cuidados e das práticas para que, de fato, se dê o processe de ensino e aprendizagem.

Destaca-se também que a obra mantém um estreito diálogo com Mestre-ignorante, do filósofo francês Jacques Rancière, sobre o pedagogo Joseph Jacotot. O livro de Rancière propõe uma reflexão sobre pedagogia a partir da forma como dialogam a igualdade e desigualdade dentro do contexto do aprendizado.  A publicação da EdUERJ, assim como o livro de Rancière, desafia a articular o processo educacional sem anular as diferenças e as singularidades que constituem os sujeitos implicados na ação educativa.

O livro está dividido em três partes: políticas, práticas e poéticas. Em comum, os ensaios trazem questionamentos, reflexões, e narrativas que apontam para a perspectiva de quem reconhece na formação de professores uma possibilidade de intervenção social. É leitura indicada para professores e alunos que não se acomodam frente à realidade carente de investimentos e aos discursos de tolerância e aceitação que não se realizam na prática.

Escrito por Carolina Oliveira sob supervisão de Ricardo Zentgraf