No ano passado, a EdUERJ e o Laboratório de Políticas Públicas (LPP) firmaram uma parceria, possibilitando que os livros da LPP sejam divulgados e comercializados pelos canais de distribuição da Editora da Uerj. Com a inauguração da livraria da EdUERJ, estes títulos agora estão na vitrine, literalmente.
A novidade é a chegada de mais três títulos para incrementar a parceria: O Brasil que queremos, organizado por Emir Sader; Trabalho, subjetividade e formação humana em tempos de reestruturação do capitalismo, com organização de Roberto Arruda e Duas décadas de políticas afirmativas na UFMG: debates, implementação e acompanhamento, organizado por Juliana Silva Santos, Natália Silva Colen e Rodrigo Ednilson de Jesus.
Diante da realidade grandemente desigual do povo brasileiro, O Brasil que queremos reúne propostas que possibilitam vislumbrar um país melhor, abordando os dilemas e as tensões que atravessam a política brasileira, na educação, na saúde e nas finanças, e entre outras áreas. O livro parte do pressuposto da ilegitimidade do impeachment da Dilma Rousseff, também refletindo sobre as dificuldades enfrentadas pelos governos PT e que, culminaram no processo administrativo e no panorama político que se seguiu. Além dos dezoito ensaios, vale destacar a apresentação assinada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Trabalho, subjetividade e formação humana em tempos de reestruturação do capitalismo contém dez ensaios. Os autores promovem uma reflexão sobre o sistema capitalista e sua reestruturação atual como fator determinante de mais violência, exploração e exclusão da classe trabalhadora. A insuficiência ou ausência das políticas públicas sociais para a população mais pobre e a precarização dos serviços fere direitos estabelecidos pela Constituição Federal Brasileira, como o direito à educação e à saúde. A contradição entre a oferta e acesso de serviços públicos e sua relação com o funcionamento do modo de produção capitalista é um dos temas mais relevantes dessa obra.
Já a obra Duas décadas de políticas afirmativas na UFMG: debates, implementação e acompanhamento discorre sobre as tensões que envolveram a implementação do sistema de cotas na UFMG. Os capítulos apresentam pesquisas que abrangem das duas décadas anteriores à lei de cotas até cinco anos depois de sua vigência, levantando pontos favoráveis e contrários à política afirmativa na Universidade Federal de Minas Gerais.
Vale ressaltar que a parceria com o Laboratório de Políticas Públicas também pode se fazer notar pelos títulos disponibilizados pela EdUERJ em 2018: Escola “sem” partido: Esfinge que ameaça a educação e a sociedade brasileira, organizado por Gaudêncio Frigotto e Se é público, é para todos, organizado por Emir Sader.