Armazenando utopias: dança, festivais e ação política no Brasil

Apresenta uma etnografia do mundo social da dança contemporânea e da singular relação entre ação política e produção estético-cultural no Brasil, em especial, nos anos 2000. Seu ângulo de abordagem partiu da pesquisa etnográfica do circuito de festivais dessa modalidade artística (e política) a partir do acompanhamento mais estrito do Festival Panorama, iniciado em 1992, no Rio de Janeiro, e da Bienal Internacional de Dança do Ceará, criada em 1997, ambos eventos integrantes do Circuito Brasileiro dos Festivais Internacionais de Dança.

O trabalho é fruto da experiência em exibições em lonas culturais pela periferia do Rio de Janeiro, em contato com pesquisadores e realizadores, dançarinos e coreógrafos, de todo o Brasil, nas vivências em ateliês e escolas de dança, e na Bienal de Dança, no Ceará. A partir desse contexto, a autora revela como o “formato festival” se move em distintas escalas (local, regional, nacional, internacional) e entrelaça práticas que são separadas em categorias aparentemente alheias como curadoria, logística e gestão, mesas de debate, bate-papos, espetáculos de dança e performances, pondo em contato redes sociais e simbólicas.

O livro possibilita enxergar, na sensível percepção de uma madura pesquisadora argentina, cujo trabalho tem focalizado a interface entre estética e política, como o investimento público em cultura e educação deu frutos nos mais variados e inesperados níveis.

Adaptado do prefácio de Antonio Carlos de Souza Lima.

ISBN físico: 978-85-7511-649-4
ISBN digital: 978-85-7511-648-7
Páginas: 246