O Brasil vive e respira sob a gigantesca contribuição da história e da cultura das sociedades africanas.
O número de afrodescendentes hoje já superou o de outras raças e segundo pesquisa publicada pelo IBGE em 2022 (o PNAD), 56 % da população brasileira autodeclara-se preta e parda.
A necessidade de estudo da história e da cultura da África está na ordem do dia, mas as publicações ainda são tímidas e pouco numerosas. Atenta a isso, a EdUERJ lançou, em 2023, Entre o escudo e a azagaia: uma história política do Reino Zulu no século XIX, de Evander Ruthieri da Silva
O livro oferece um panorama sobre o Reino Zulu, um dos principais grupos étnico-linguísticos e culturais na África do Sul. Ruthieri apresenta uma breve história política dessa população no século XIX, destacando os agenciamentos políticos e protagonismos históricos que marcaram a consolidação das suas redes de poder, assim como as relações comerciais e de guerra ao sul da baía de Maputo, ao sul de Moçambique. Atualmente, os Zulus formam um grupo entre 10 a 12 milhões de pessoas.
Aliás, vale ressaltar que os estudos da África, mais do que um dever, são literalmente uma obrigação. Eles atendem à lei 10.639, sancionada pelo governo federal em 2003, para a grade escolar pública ou privada. O livro da EdUERJ está em sintonia com essa lei, cujo efeito é resgatar as raízes de brasileiros e combater estereótipos raciais tão difundidos em determinados relatos de história.
O livro está disponível em versão impressa (sob demanda) ou ebook: